A tenista portuguesa Michelle Brito venceu esta tarde a russa Maria Sharapova, pelos parciais 6-3 e 6-4.
Sharapova, de 26 anos, terceira cabeça-de-série, era uma das favoritas do torneio logo atrás da norte-americana Serena Williams, contando no currículo a vitória da edição de 2004.
Michelle Brito tem 20 anos e é a 131.º tenista do mundo. Vinda do qualifyng, a portuguesa surpreendeu e segue em frente para a terceira ronda do Grand Slam.
A sua melhor prestação tinha sido a segunda ronda em 2009.
A tenista portuguesa, radicada na Florida, afirmou ter estado a “trabalhar no duro”, a dar “120 por cento” nos treinos, afirmando que o seu pai, António, a tem incentivado muito.
“Quando eu tinha 16 anos, estava no top-100 e todos começaram a comparar-me com a Martina Hingis, esperando que ganhasse um torneio do Grand Slam com aquela idade. Mas isso nunca acontece, ganhar Grand Slams com essa idade.
O ténis está tão competitivo e tão forte que é muito duro conseguir manter-me dentro”, sublinhou.
Michele Brito não dispensou elogios ao seu pai, afirmando que a “ajudou imenso”, afirmando que “é muito fácil perder a motivação”. “Eu não sou daquelas jogadoras que começa a arranjar desculpas, como a doença ou as lesões, não é o caso.
Eu só não estava a jogar bem. Não tinha motivação. Não vou mentir: estava a ficar um bocadinho fora do radar”, admitiu.
A tenista portuguesa reconheceu ter sorte por ter os seus pais próximos de si, a darem-lhe apoio e a incentivarem-na, até porque “era muito duro” enfrentar uma determinada fase da carreira.
“É justamente por isso que esta vitória é mais saborosa e fico feliz por estar aqui”, salientou.
Michelle Brito aceitou comentar os gritos que dá quando está a jogar, afirmando que muitas outras jogadoras também o fazem. Além disso, a tenista lusa realçou que “não cortou nada” e “continua a ser mesma jogadora” que era quando tinha 16 anos.