Selecionador nega conflitos com Pinto da Costa, recusa acelerar processos de naturalização e diz que não reconhece nenhum atleta como inelegível. E até recuperou o “caso Ricardo Carvalho”… mas pouco.
Paulo Bento, selecionador nacional, aproveitou uma entrevista concedida na noite de domingo à RTP Informação para esclarecer que “as portas da seleção não estão fechadas para ninguém”, embora tenha lembrado, uma vez mais, que não vai incentivar nenhuma aceleração no processo (que não está aberto) da naturalização de Lima. O avançado do Benfica já manifestou que quer jogar por Portugal, mas assim sendo só se tornará elegível a partir do verão de 2015.
Criticado através da conta no Facebook do Paços de Ferreira, por não ter chamado jogadores da equipa pacense à seleção em detrimento de suplentes dos “grandes”, embora sem especificar nomes, Paulo Bento reafirmou que o clube não é um critério para a seleção de jogadores. Por isso, nomes como Steven Vitória, Licá e André Leão, “bons jogadores”, poderão ser chamados. Caso diferente é o de Ricardo Carvalho. Questionado sobre se teria mais comentários a fazer sobre este caso, Paulo Bento foi curto: “Não.” Mas prosseguiu.
“A única coisa que tenho a dizer sobre esse dia é que não levei o carro para o treino. Fui de boleia”, disse Paulo Bento, sem mais acrescentar, a propósito do dia em que Ricardo Carvalho terá “desertado”. Além de ter dito que não tem problemas com nenhum jogador, o selecionador afirmou que o mesmo se aplica a dirigentes, nomeadamente a Pinto da Costa, depois das críticas por ter usado João Moutinho num particular no Gabão, em novembro, numa altura em que o calendário do FC Porto estava “apertado”.
“Não estou zangado com Pinto da Costa, nem com ninguém”, reforçou, antes de explicar o ‘caso Moutinho’. “Conversei com Vítor Pereira e eu e ele concordámos que o João Moutinho só jogaria 45 minutos. Mas no Gabão ficámos sem vários jogadores da convocatória inicial e vários jogadores estavam com condicionantes”, explicou o técnico, que usou Moutinho 73 minutos. “Mas devo dizer, porque estive no Sporting, e passei pelo mesmo que os outros treinadores: o João Moutinho tem uma grande capacidade de recuperação, e mesmo jogando mais minutos recupera mais rapidamente do que os outros”, justificou.
Paulo Bento não quis entrar em críticas pela pouca aposta em jogadores portugueses por parte dos “grandes” e deixou um desejo moldado pelos novos tempos e circunstâncias: “A felicidade de alguns jogadores se juntarem no mesmo clube no estrangeiro”, de modo a criar rotinas, casos da dupla de centrais Luís Neto-Bruno Alves, do Zenit, ou até o meio-campo da “era Scolari”, composto por Costinha, Maniche e Deco, campeões europeus pelo FC Porto. [icon name=”icon-circle-arrow-right”] DN