“Líder de um interligado e complexo conjunto de entidades, controlava o segundo maior banco de Portugal (Banco Espirito Santo) e levou-o à falência”, escreve a BBC no artigo dedicado aos cinco piores CEO de 2014.
“Salgado e alguns outros membros da família viviam como reis em grandes propriedades, sem mesmo a mais rudimentar fiscalização do banco”, lê-se.
Fazendo referência à audição parlamentar deste mês, o autor do artigo admite que “pode até não ter havido intenção de fraude”, mas defende que uma coisa é certa sobre a atuação de Salgado: má gestão.
Depois de enumerar uma série de alegadas más decisões por parte do patricarca do clã Salgado, a BBC apresenta o caso como uma história que alerta para o “poder incrível da arrogância para destruir impérios e as reputações daqueles que os criaram”.
A eleição de Salgado como o CEO mais fraco do mundo deve-se ainda às múltiplas investigações que sobre ele pendem e que o forçaram a sair da liderança do BES a 14 de Julho.
A hipótese de gestão fraudulenta, dizem os britânicos, anda no ar. Salgado, recorde-se, foi ouvido recentemente na comissão parlamentar que investiga a queda do BES e do GES. Culpou o Banco de Portugal pelo fim do banco, acrescentando que ninguém da administração se apropriou de dinheiro.
Mesmo que não se prove a intenção de dolo, a forma como Salgado alavancou os negócios da família num período tão complicado da economia europeia e mundial são prova de um rótulo que, na opinião da BBC, não se desvinculará dele: má gestão.
Atrás de Ricardo Salgado no pouco lisonjeiro top 5 ficam Dov Charney, da American Apparel, Philip Clarke, da Tesco, Eddie Lampert, da Sears Holdings e Dick Costolo, do Twitter.