A dívida pública portuguesa situou-se em 242,6 mil milhões de euros no final de 2017, um aumento de 1,6 mil milhões de euros face a 2016, divulgou o Banco de Portugal (BdP).
“Para este aumento contribuiu o acréscimo dos títulos de dívida pública (de 9,4 mil milhões de euros) e dos certificados do Tesouro (de 3,8 mil milhões de euros)”, refere o banco central.
Estas variações, acrescenta o BdP, “foram em parte compensadas pelo reembolso antecipado de aproximadamente 10,0 mil milhões de euros de empréstimos concedidos pelo Fundo Monetário Internacional no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira”.
O défice das Administrações Públicas, em contas públicas, foi de 2.574 milhões de euros até dezembro do ano passado, menos 1.607 milhões de euros do que em 2016, divulgou hoje o Ministério das Finanças.
Num comunicado que antecede a divulgação da síntese de execução orçamental até novembro pela Direção-Geral de Orçamento (DGO), as Finanças dizem que para a redução do défice contribuiu a receita, que cresceu 3,8%, acima do crescimento de 1,6% da despesa.
O ministério liderado por Mário Centeno afirma que, pelo segundo ano consecutivo, “o Governo garante o cumprimento dos objetivos orçamentais estabelecidos no Orçamento do Estado” e que a “rigorosa execução orçamental” permite reduzir a peso da dívida pública no Produto Interno Bruto (PIB).
Por fim, o saldo primário (que exclui os encargos com a dívida pública) foi de 5.725 milhões de euros, uma melhoria de 1.677 milhões de euros face a 2016.
Os números divulgados pela DGO são apresentados em contabilidade pública, ou seja, têm em conta o registo da entrada e saída de fluxos de caixa, e a meta do défice fixada é apurada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em contas nacionais, a ótica dos compromissos, que é a que conta para Bruxelas. (Ag.Lusa)