O Equador anunciou, que renuncia ao pacto aduaneiro com os EUA, que lhe valia tarifas preferenciais, denunciando o acordo como uma “instrumento de chantagem” num momento em que o Governo de Quinto estuda o pedido de asilo do informático Edward Snowden, acusado de espionagem por Washington.
“O Equador renuncia de forma unilateral e irrevogável às preferências aduaneiras”, disse o ministro equatoriano da Comunicação, Frenando Alvarado, citando um comunicado do Governo local.
“O Equador não aceita as pressões ou as ameaças de ninguém. Não faz negócio com os princípios e não se submete a interesses mercantis, por muito importantes que sejam”, pode ler-se ainda na nota governamental.
Quito diz que o acordo com os EUA, comum a outros países da América Latina, oferece tarifas aduaneiras preferenciais como “uma compensação do empenho dos estados no combate ao tráfico de droga, mas rapidamente se transformam num novo instrumento de chantagem”.
A presidência do Equador disse que foram “exercidas pressões explícitas e implícitas” por parte dos EUA desde que os equatorianos admitiram estudar a “hipóteses de conceder asilo político a Edward Snowden”, assim como com “o asilo concedido a Julian Assange”, fundador do site WikiLeaks, que é procurado pro Washington e está há meses refugiado na embaixada do Equador em Londres. (JN)