A Economia não registada nos Açores em 2012 valia 32% do PIB regional, ou seja, o correspondente a 1.200 milões de euros, cerca de 4.800 euros por habitante. Os valores foram apresentados esta tarde, em conferência de imprensa, pelo Observatório de Economia e Gestão de Fraude, na sequência de um trabalho encomendado pela Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH).
Os valores obtidos indicam que o peso da economia não registada, ou seja, o conjunto de atividades económicas que não se refletem no produto oficial do respetivo País, não têm qualquer correspondência na contabilidade nacional, nem entram na quantificação do produto interno bruto, passou dos 12,3% do PIB regional em 1980 para os 32% em 2012. Isto é, de cerca de 22 milhões de euros (90 euros por habitante), em 1980, o valor ascendeu a 1.200 milhões de euros (4.800 euros por habitante), em 2012.
Os valores na Região ultrapassam, em larga escala, os valores médios nacionais e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCEDE). Os últimos dados de 2011 apontavam para valores da Economia não registada em Portugal Continental de 25,4% do PIB, menos 6 pontos percentuais que nos Açores. Já a média da OCDE é de 17% do PIB, menos 15% que nos Açores.
Óscar Afonso admite que a “diferença de valores é resultado de diversas particularidades dos Açores, como sejam “o enquadramento geográfico-político-jurídico; a insularidade e localização geográfica; a situação económica atual; a base das Lajes; a informalidade existente; a significativa intensidade das relações de vizinhança; os conflitos de interesse decorrentes da proximidade cidadão-Estado e a capacidade de regulação e fiscalização”. Azoresdigital