“António Costa andou a enganar os portugueses durante todo este tempo“, disse Paulo Rangel, acrescentando que os orçamentos aprovados “ao longo destes seis anos” foram, “em muitos aspetos, prejudiciais para o país.”
Cartão vermelho ao Orçamento de Estado (OE). Como chegámos ao ‘chumbo’ e o que vem aí?
Executivo de António Costa, BE e PCP não chegaram a acordo sobre as propostas que deveriam constar no Orçamento do Estado e o documento acabou – sem surpresa – a ser chumbado.
Agora, já antecipou Marcelo Rebelo de Sousa, seguir-se-ão eleições antecipadas.
Como previamente anunciado, PCP e BE levantaram-se das cadeiras no momento de votar contra o Orçamento do Estado para 2022, na generalidade, levando ao ‘chumbo’ do documento, esta quarta-feira, na Assembleia da República.
Com o fim – agora inquestionável – da Geringonça (e sem apoio da Esquerda), há duas certezas: o Governo de António Costa não se demite e Marcelo Rebelo de Sousa já antecipou que irá convocar eleições antecipadas.
Desde a apresentação do documento que comunistas e bloco de esquerda mostraram o seu descontentamento, afirmando que ‘tal como estava’ não mereceria aprovação – ou sequer abstenção – de ambos. As negociações dos partidos com o Executivo não satisfizeram as exigências dos parceiros e estes não viabilizaram o OE, precipitando-se uma crise política.
Paulo Rangel (PSD) acredita que o cenário de eleições antecipadas é “altamente provável”, no rescaldo do chumbo do Orçamento do Estado para 2022, na generalidade, esta quarta-feira, no plenário da Assembleia da República.
O candidato à liderança do PSD sublinhou, em entrevista na RTP3, que “o grande responsável” pela crise política é “António Costa e o PS que ele lidera.”
A crise política que se instalou, no seu entender, deve-se ao primeiro-ministro.
“O grande responsável, se há um grande responsável pela crise política, é António Costa e o PS que ele lidera”, por ter sido criada “a ilusão de que havia um diálogo possível com os partidos da extrema-esquerda e da esquerda radical”, afirmou o eurodeputado, referindo-se ao PCP e ao Bloco de Esquerda.