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Novo Banco agrava novamente prejuízos para 853,1 milhões de euros até setembro

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Nov 14, 2020 ,
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Novo Banco repete mais uma vez prejuízos prejuízos, de 853,1 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, mais 49% do que no mesmo período do ano passado, segundo as contas divulgadas pelo banco.

Até setembro, houve 833,3 milhões de euros constituídos em imparidades e provisões, mais 30% do que no mesmo período de 2019, o que o banco diz ser resultado da reclassificação do negócio em Espanha (em descontinuação), do agravamento da situação económica (dos quais 187,2 milhões de euros de imparidade adicional para riscos de crédito devido à pandemia covid-19) e de provisões para ativos não produtivos.

Há 260,6 milhões de euros negativos resultado da avaliação independente feita aos fundos de reestruturação e 26,9 milhões de euros de reforço da provisão para reestruturação.

Em termos da atividade, o produto bancário caiu 5,3% para 597,6 milhões de euros, com a margem financeira praticamente estabilizada em 401 milhões de euros, enquanto as comissões caíram 14,4% para 196,5 milhões de euros, o que o banco atribui ao “atual contexto pandémico”.

Já os resultados de operações financeiras foram negativos em 20,3 milhões de euros (melhor face aos 44,3 milhões de euros negativos de setembro de 2019), o que o Novo Banco diz ser “reflexo da volatilidade nos mercados financeiros e de capitais nestes primeiros nove meses de 2020, parcialmente compensadas com ganhos na alienação de títulos de dívida pública”.

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Os outros resultados de exploração foram negativos em 70,4 milhões de euros (melhor do que os 196,5 milhões de euros negativos de setembro de 2019).

Do lado dos gastos, os custos operativos caíram 12% para 318,1 milhões de euros, “reflexo das melhorias concretizadas ao nível da simplificação e otimização dos processos, com redução no número de colaboradores”.

Os custos com pessoal totalizaram 182,8 milhões de euros (menos 8,8% em termos homólogos).

No final de setembro, no total, o banco tinha 4.668 trabalhadores (menos 299 do que em setembro passado e menos 201 do que em dezembro). Só em Portugal, o banco tinha 4.646 funcionários, menos 55 do que em setembro passado e apenas menos dois do que em dezembro.

No final de setembro, o Novo Banco tinha 376 agências no total (395 em 30 de setembro de 2019), sendo que na rede doméstica manteve 375.

Do lado do balanço, o crédito a clientes (líquido) caiu 4,3% para 24.113 milhões de euros, com o rácio de crédito problemático (NPL ‘non performing loans’) a fixar-se em 9,7% em setembro. Os depósitos caíram 5% para 26.324 milhões de euros.

Em termos de indicadores de solvabilidade, o rácio CET1 estava em setembro em 12% (com as regras do período de transição), abaixo dos 13,5% de setembro e dezembro de 2019.

Nos resultados divulgados, o banco não indica o valor que poderá pedir (relativo até setembro) ao Fundo de Resolução bancário para se recapitalizar (no primeiro semestre indicou 176 milhões de euros), mas recorda que tem o seu rácio CET1 protegido pelo mecanismo de capitalização contingente do Fundo de Resolução, pelo que este deverá ser chamado a capitalizar.

“O montante de compensação a solicitar com referência a 2020 terá em conta as perdas incorridas nos ativos cobertos pelo mecanismo de capitalização contingente bem como as condições mínimas de capital aplicáveis no final de 2020 ao abrigo do mecanismo de capitalização contingente”, indica o banco.

Acrescentando que para o pedido de capital a fazer também terá impacto eventuais medidas do Banco Central Europeu (BCE) relativas a exigências de capital ter para que “as instituições financeiras continuem a suportar o financiamento da economia, num contexto económico particularmente adverso”.

Na proposta do orçamento do Estado para 2021 (OE2021), o Governo prevê uma despesa de cerca de 470 milhões de euros do Fundo de Resolução com o Novo Banco. Contudo, o executivo indicou que não fará qualquer empréstimo ao Fundo de Resolução para este capitalizar o Novo Banco, indo o fundo pedir um empréstimo de 275 milhões de euros a bancos comerciais. (Ag.Lusa)

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