Um milhão de migrantes chegou desde janeiro 2015 à Europa, sobretudo através do mar Mediterrâneo, naquele que é o maior fluxo migratório desde a II Guerra Mundial. O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) indica que “cerca de 972 mil atravessaram o Mediterrâneo, até 21 de dezembro”,
enquanto a Organização Mundial para as Migrações (OIM) calcula que “mais 34 mil chegaram à Bulgária e à Grécia após terem atravessado a Turquia”.
2013 – A Itália decide montar a operação naval de busca e salvamento ‘Mare Nostrum’ na sequência do naufrágio de um navio de migrantes clandestinos, no qual morreram mais de 360 pessoas na travessia do mar Mediterrâneo.
2014 – Perante o forte aumento do número de refugiados e migrantes chegados à costa sul de Itália oriundo da Líbia, e a recusa de vários países da UE de financiar a operação italiana ‘Mare Nostrum’, Roma decide pôr fim à operação.
A agência europeia de gestão da cooperação operacional nas fronteiras externas dos Estados-membros da UE (Frontex) assume a missão de busca e salvamento, com a operação ‘Tritão’, que inclui três navios e dois aviões de vigilância.
Os países-membros da UE receberam 626 mil pedidos de asilo em 2014 e foram aceites mais de 185 mil.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de três mil pessoas morreram ou desapareceram, neste ano, no Mediterrâneo na viagem para chegar à UE.
Ao todo, 283.532 migrantes entraram na UE. Uma maioria dos que entraram pelo sul da Europa, 170,664 chegaram a Itália a partir da Líbia. Apenas 50.834 chegaram à Grécia, a partir da Turquia. (Ag.Lusa)