O presidente ucraniano prestou homenagem aos ‘liquidadores’ de Chernobyl.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, lembrou, esta quarta-feira, os cerca de 600 mil ‘liquidadores’ de Chernobyl – pessoas que se dedicaram a minimizar os efeitos do acidente nuclear – e alertou que as “novas ameaças” da Rússia podem provocar uma tragédia pior.
“Há 36 anos, os ‘liquidadores’ das consequências do acidente na central nuclear de Chernobyl protegeram não só a Ucrânia, mas também o mundo inteiro, o futuro de todos nós”, começou por referir o chefe de Estado, numa publicação na plataforma Telegram.
“Hoje em dia, os nossos defensores protegem novamente o nosso futuro. Este ano, a Rússia criou novas ameaças que podem ultrapassar até aquele acidente horrível”, acrescentou.
Na publicação, Zelensky frisou que o país “nunca esquecerá a proeza dos ‘liquidadores’” e “não permitirá que ninguém negligencie o preço que a Ucrânia e o mundo pagaram pela liquidação das consequências do acidente de Chornobyl”.
O reator número 4 da central de Chernobyl explodiu em 26 de abril de 1986, contaminando, segundo certas estimativas, até três quartos da Europa. Após esta catástrofe, as autoridades evacuaram um vasto território de mais de dois mil quilómetros quadrados, que permanece abandonado após a retirada de centenas de milhares de pessoas.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou, em fevereiro de 2022, com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e mais de dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates. (Ag.Lusa)