“O Partido Republicano que perdeu tem razões mais do que suficientes para acusar os vencedores de falsificações”.
O presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros do Senado russo disse que a democracia norte-americana anda à deriva numa alusão direta aos problemas provocado pela invasão do Capitólio por apoiantes de Donald Trump.
“O partido que perdeu (Partido Republicano) tem razões mais do que suficientes para acusar os vencedores de falsificações. É evidente que a democracia americana ‘anda de um lado para o outro'”, disse hoje KonstantinKosatchev, em Moscovo.
O presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros do Senado da Rússia referia-se à invasão do Capitólio, na quarta-feira, em Washington, por apoiantes do presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump.
Pelo menos quatro pessoas morreram na invasão do Capitólio, em Washington, anunciou hoje a polícia da capital dos Estados Unidos.
Além de 14 polícias feridos, dois deles em estado grave, foram efetuadas mais de meia centena de detenções.
A presidente da Câmara de Washington, Muriel Bowser, prolongou o estado de emergência pública na capital por mais 15 dias, até depois da tomada de posse do Presidente eleito, Joe Biden, agendada para 20 de janeiro.
Quatro horas após o início dos incidentes, as autoridades declararam que o edifício do Capitólio estava em segurança.
A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio, e as autoridades de Washington decretaram o recolher obrigatório entre as 18:00 e as 06:00 locais (entre as 23:00 e as 11:00 em Lisboa).
O debate no Senado foi retomado pelas 20:00 (01:00 de hoje em Lisboa).
O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos ocorridos no Capitólio foram “um ataque sem precedentes à democracia” do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.
Pouco depois, Trump pediu aos apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem “para casa pacificamente”, mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas. (Ag.Lusa)