Segundo o jornal Expresso, Roger Waters tem sido dos maiores críticos da Guerra na Ucrânia, que acusa de ter sido provocada pela NATO. Moscovo pede-lhe agora que discurse no Conselho de Segurança da ONU
A Rússia convidou Roger Waters a discursar em seu nome, num encontro do Conselho de Segurança da ONU que terá lugar esta quarta-feira e que Moscovo solicitou para discutir o envio de armas para a Ucrânia.
Segundo o embaixador russo junto às Nações Unidas, Vassily Nebenzi, Waters “tem uma posição que será conhecida [hoje]”. O ex-Pink Floyd tem sido um dos maiores críticos da Guerra da Ucrânia, que acusa de ter sido provocada pela NATO e pela própria nação invadida.
“Esta guerra é fruto da deslocação da NATO para junto das fronteiras da Rússia, algo que prometeram não fazer quando Gorbachev negociou a retirada da União Soviética do leste europeu”, afirmou o músico em agosto. Porém, não existiu de facto nenhum acordo do género entre a NATO e a URSS, algo que Gorbachev admitiu ainda em vida.
Em setembro do ano passado, o ex-Pink Floyd escreveu à primeira dama da Ucrânia, Olena Zelenska, pedindo que o país se rendesse. No mesmo mês, Waters – que tem dois concertos marcados para Portugal em março – escreveu também uma carta abertura a Vladimir Putin, presidente russo.
“Há pessoas que acreditam que você quer invadir toda a Europa, começando pela Polónia e pelo Báltico. Se assim é, vá-se lixar, e mais vale deixar de brincar às ameaças nucleares e rebentar com tudo. O problema é que tenho filhos e netos e não quero ver o mundo a ir pelos ares. Por isso, Sr. Putin, faça-me esse favor, e garanta-nos isso”.
Esta semana, Waters foi duramente criticado pelo ex-parceiro David Gilmour e sua mulher, a escritora Polly Samson, que o acusaram de ser “antissemita” e “mentiroso”.