Já estou com os cabelos em pé de tanto que vejo repetido, as palavras “Extrema-direita” colada àqueles que não defendem os “valores progressistas” da Esquerda radical.
Não há paciência que aguente tamanha desonestidade intelectual vinda da parte daqueles que deveriam informar em vez de doutrinar.
Não há nenhuma Extrema-direita em Portugal nem pode haver. É a própria Constituição Portuguesa que o diz. Exige-se seriedade.
No artigo 46º – Liberdade de Associação diz assim: “Não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista, bem como o artigo 8° da Lei dos Partidos”.
Assim sendo, como explicam alguns senhores jornalistas e comentadores a insistência em conotar partidos portugueses de Extrema direita ?
PARTE I – Direitos e deveres fundamentais
TÍTULO II – Direitos, liberdades e garantias
CAPÍTULO I – Direitos, liberdades e garantias pessoais
Artigo 46.º – (Liberdade de associação)
1. Os cidadãos têm o direito de, livremente e sem dependência de qualquer autorização, constituir associações, desde que estas não se destinem a promover a violência e os respectivos fins não sejam contrários à lei penal.
2. As associações prosseguem livremente os seus fins sem interferência das autoridades públicas e não podem ser dissolvidas pelo Estado ou suspensas as suas actividades senão nos casos previstos na lei e mediante decisão judicial.
3. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação nem coagido por qualquer meio a permanecer nela.
4. Não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista.
Por outro lado assistimos também a uma deturpação completa do que é VERDADEIRAMENTE uma Extrema direita seja no Wikipédia (fonte obtusa) ou seja lá onde for na net.
De forma generalizada pelo mundo inteiro atribui-se a uma ideologia fascista com cunho de “direita” por omissão propositada da História que deu origem ao fascismo.
É incrível! Vamos lá ver :
O Fascismo não é, e nem nunca foi de direita. O facto de ter sido omitido das aulas de História nas escolas públicas não faz desaparecer a sua origem. E qual é ela?
O fascismo nasceu com o filósofo italiano socialista Giovanni Gentile que acreditava que existiam dois tipos opostos de democracia: uma liberal individualista que considerava egoísta e outra, a verdadeiramente democrática, na qual os indivíduos se subordinavam ao Estado, uma comunidade que lembrasse a família e em que estivessem todos juntos pelo bem comum.
Gentile era de esquerda portanto inequivocamente o fascismo de que ele é autor é uma forma de socialismo só que mais funcional. Enquanto o marxismo mobiliza as pessoas com base apenas na sua classe, o fascismo mobiliza apelando às suas identidades nacionais e classes.
Segundo ele, toda a acção privada devia ser orientada para servir a sociedade. Nesta ideologia não há distinção entre interesse privado e público pois o braço administrativo da sociedade é o Estado.
Mussolini resumiu esta ideologia numa frase: “Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”.
Dois socialistas nos anos 30 foram mentores na aplicação deste capitalismo direccionado pelo Estado: Hitler (líder da Nacional Socialista que por contracção deu origem à palavra “nazi”) e Mussolini.
A UE reconheceu finalmente que o Nazismo e Comunismo, duas ideologias extremistas, têm a mesma origem. Já não há desculpas para os média continuarem com a mesma ladainha.
No lado completamente oposto está o Conservadorismo. O conservadorismo é uma filosofia social e política que favorece os valores tradicionais de um país e de uma região.
Em contrapartida, um governo mínimo e liberdade individual que levado ao extremo transformaria a sociedade numa anarquia (sociedade constituída sem governo) o que inviabiliza completamente a possibilidade de se criar uma ditadura porque é um sistema baseado na negação da autoridade.
Mas isto ninguém lhe dirá. É para manter “esquecido” não vá a sociedade acordar do coma.
Concluindo: se não há Extrema direita em Portugal porque não é permitida por lei, por que razão continuam a rotular certos partidos “anti-sistema” como tal?
Bom, só não vê quem não quer.
– Estado enorme com tentáculos gigantes que controlam todos os aspectos da nossa vida retirando gradualmente as liberdades individuais.
– Impostos elevadíssimos que nos empobrecem, para justificar um Estado social cada vez mais deficitário e ineficiente e alimentar o “apetite voraz” dos governantes.
– Um sistema eleitoral que eterniza os grandes partidos no poder não permitindo a renovação no Parlamento dificultando a entrada de novas forças políticas; oligarquias nos governos.
– Milhões de dependentes do Estado desde particulares a empresas para maior controlo das massas; ensino doutrinário; censura e perseguição às vozes divergentes.
Como fazer frente a partidos que se dizem dispostos a ACABAR com esta sociedade para fazer renascer outra totalmente livre, igualitária, pacífica, inclusiva e justa com valores e ordem social, o maior perigo para a disfuncional sociedade esquerdista? Gritando “vem aí o lobo mau”!
Na verdade o que entrou para o Parlamento não foi a Extrema direita mas sim a verdadeira Direita (que nunca existiu em Portugal) e que através do seu manifesto político promete corrigir os graves atentados à democracia de que fomos vítimas durante décadas.
É a reposição dos valores ensinados pelos nossos pais e avós numa sociedade completamente à deriva, perdida nos seus conceitos pseudo-progressistas de desconstrução social.
(Cristina Miranda)