(Atualização 28-01-2021) ARTE TV revela uma radiografia dos movimentos europeus de Extrema-esquerda que escolhem a violência como modo de ação.
Encontro com observadores (cientistas políticos, policiais, psicólogos) e defensores dessa violência que se afirma como legítima, mas também de ativistas de esquerda que a consideram com desconfiança.
Eles dizem lutar contra o capitalismo, o fascismo, o racismo, a repressão policial, a globalização, o sexismo ou a gentrificação : as lutas dos movimentos de Extrema Esquerda dizem que são no sentido do humanismo, e os seus militantes querem progresso e justiça social.
Mas para alguns, o fim justifica os meios: desde a década de 1990, a alegada violência está crescendo em alguns de seus círculos, de “antifa” até aos anarquistas na Europa.
Se essa tendência, entre protesto e terror, se manifesta de muitas formas, ainda não atrai muita atenção pública ou acadêmica – ao contrário de modos similares de ação da Extrema direita, documentados e analisados.
A Extrema-Esquerda, Ultra esquerda cometem sabotagem, ataques terroristas contra os partidos e bancos, ataques policiais, rebeliões e desacatos durante eventos – o exemplo, da parte dos “black blocs” presentes na cimeira do G20 em Hamburgo, infiltrados nas manifestações dos Coletes Amarelos, etc…
Como esses grupos de Extrema-Esquerda legitimam suas ações?
A violência será um componente da raiva (desespero) social ou um Activismo Político-Ideológico extremo?
Alemanha, França, Rússia, no País Basco espanhol, etc… este documentário parte ao encontro dos observadores – cientistas políticos, policiais, psicólogos – e dessa violência que se afirma como legítima, mas também de ativistas de esquerda que a consideram com desconfiança.
A Extrema-esquerda escolhem a violência como modo de ação.
A União Europeia colocou comunismo e nazismo em pé de igualdade, depois de o Parlamento Europeu ter aprovado em setembro uma resolução que condena os dois regimes ditatoriais
Fascismo de esquerda ligado à Extrema-Esquerda (Ultra-esquerda)
O conceito, tal como utilizado originalmente por Jürgen Habermas, designava os movimentos terroristas de extrema esquerda dos anos sessenta. Na década de 80, seu uso foi estendido para descrever pejorativamente a qualquer ideologia esquerdista (especialmente nos EUA).
J.Goldberg afirma que os movimentos fascistas foram e são da esquerda política. Ele afirma que tanto o liberalismo moderno e o fascismo se originaram do progressismo, e que antes da Segunda Guerra Mundial “o fascismo era amplamente visto como um movimento social progressista, com muitos adeptos liberais e de esquerda na Europa e nos Estados Unidos”.
Goldberg escreveu que havia mais no fascismo do que intolerância e genocídio, e argumenta que essas características não eram tanto uma característica do fascismo italiano, mas sim do nazismo alemão, e que teria sido forçada aos fascistas italianos após os nazistas invadiram o norte da Itália e criarem o governo fantoche em Salò.
Ele argumenta que, ao longo do tempo, o termo fascismo perdeu o seu significado original e tornou-se semelhante ao significado da palavra moderna para ‘herege’, que marca um indivíduo digno de excomunhão do corpo político, lembrando que em 1946, o escritor socialista e antifascista George Orwell descreveu a palavra como já não ter qualquer significado, exceto para significar algo não desejável.
Um mergulho impressionante numa nova militância européia perigosa ainda desconhecida por muitos.