• Ter. Out 3rd, 2023

“António Costa não aprendeu nada com erros que cometeu”, diz Ferreira Leite

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Manuela Ferreira Leite comentou na TVI24, a atualidade política nacional, começando por dar a sua opinião sobre a entrevista que o primeiro-ministro deu na passada segunda-feira.

A ex-líder do PSD começou por salientar: “Vi a entrevista e acho que António Costa não aprendeu nada com os erros que cometeu na anterior legislatura”.

E mais. “E acho que não percebeu – ou percebeu, mas finge que não percebe – que o problema de não governabilidade em que o Governo se encontrou e que levou à dissolução da Assembleia da República é única e exclusivamente obra daquela célebre decisão que ele tomou de que, se algum dia precisasse dos votos do PSD, se demitia”.

Desde esse dia, vincou Ferreira Leite, António Costa “tinha consciência de que tinha ficado nos braços do PCP e do BE e que quando não lhes apetecesse mais – por quaisquer motivos – ele acabava”. E “foi o que aconteceu”.

“Pelos vistos, não aprendeu nada. Porque se tivesse aprendido, era o verdadeiro momento para o primeiro-ministro dizer que, dada a ingovernabilidade que se tinha verificado, não ia entrar na mesma situação e outra solução encararia”, opinou, acrescentando que, por oposição, o que Costa fez foi “arranjar uma metáfora”.

“Em política – e neste momento em que nós estamos – as metáforas… já não há paciência para as ouvir”, destacou, em referência ao comentário do chefe do Governo a ‘maçanetas’ e ‘fechaduras’ na entrevista do início da semana.

De recordar que as palavras de António Costa foram: “Há muitas formas de estar na vida: há quem olhe para portas e veja fechaduras; e há quem olhe para portas e olhe para a maçaneta que abre a porta. Com a minha forma de estar – uns dizem que é por ser otimista -, olho mais para a maçaneta do que propriamente para a fechadura”.

Contudo, para Manuela Ferreira Leite, “mais cedo ou mais tarde”, António Costa “vai ter de ser mais claro durante a campanha eleitoral”. “Não pode ir para a campanha eleitoral a dizer que está com a mão na maçaneta. Ninguém vai aceitar uma coisa dessas”.

De lembrar que, no passado dia 4, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro de 2022. “Uma semana e um dia depois da rejeição do Orçamento para 2022 encontro-me em condições de vos comunicar que decidi dissolver a Assembleia da República e convocar eleições para o dia 30 de janeiro”, revelou. (Ag.Lusa)

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