Rui Rio reagiu, na segunda-feira, à coligação entre o PSD e o Chega nos Açores.
O líder do PSD apontou o dedo, esta segunda-feira, ao primeiro-ministro, ao Partido Socialista e ao Bloco de Esquerda de mentirem aos portugueses ao acusarem-no de ter ultrapassado a “linha vermelha” devido à coligação do PSD Açores e o Chega, para formar o governo da região.
“Costa, PS e BE estão de cabeça perdida e estão a mentir aos portugueses. António Costa está a mentir quando diz que há um acordo nacional.
O acordo a que se chegou foi nos Açores”, atirou Rui Rio, reiterando que “não há nenhum acordo nacional nem com o Chega, nem com o PPM, nem Iniciativa Liberal, nem se quer, com o CDS”.
Para o presidente dos sociais-democratas, nos Açores, o Chega moderou-se ao propor medidas que não são consideradas fascistas, por isso houve negociação.
“No futuro, no continente, se o Chega se moderar pode haver hipóteses de diálogo. Nos Açores, o Chega moderou-se“, explicou, a partir da sede do partido, após uma reunião com a CIP, por videoconferência.
Questionado sobre as medidas que possibilitaram o acordo, Rui Rio revela que foram quatro e que considera que nenhuma é fascista. Aliás, está mesmo de acordo com elas.
“O que foi decidido nos Açores para que o Chega vote a favor das propostas do PSD foi o seguinte: fazer uma proposta de redução dos deputados regionais, reduzir a subsidiodependência nos Açores, criar um gabinete de luta contra a corrupção, aumentar a autonomia regional.
Isto é fascista? Com estes pontos estou de acordo”, sublinhou. (Ag.Lusa)
A “geringonça” da Extrema-Esquerda
António Costa, depois de ter sido derrotado nas eleições de 4 de Outubro de 2015, sem ter tido a honestidade elementar de durante a campanha eleitoral o anunciar como possibilidade, decide escapar-se à sua própria morte política e formar o “governo da geringonça” – um governo formado pelo Partido Socialista, mas apoiado no Parlamento pelo Partido Comunista e pelo Bloco de Esquerda.
Na verdade, a instigação para este governo inédito também partiu do Partido Comunista, juntamente com o grego, o único partido estalinista pró-soviético après la lettreque resta na Europa, e o Bloco de Esquerda, uma amálgama que reúne a extrema-esquerda trotskista e pós-moderna.
Se António Costa apenas queria algo que preservasse a sua carreira política pessoal, os comunistas estavam desesperados por impedir um novo mandato do governo de centro direita que salvara o País da bancarrota socialista e o pusera no caminho da recuperação desde 2013, evitando contra todas as expectativas uma ruptura social e um colapso nacional como o que houve na Grécia.
Algumas das reformas estruturais feitas pelo governo de centro direita, e que continuariam no novo mandato, comprometiam seriamente a manutenção da influência do Partido Comunista.
Por exemplo, as subconcessões de exploração a privados na área dos transportes metropolitanos assustava mortalmente os comunistas porque retirariam eficácia à sua máquina sindical que depende muito do controlo dos transportes na capital portuguesa.
Já o Bloco de Esquerda, depois do sucesso eleitoral do SYRIZA na Grécia e os avanços importantes do Podemos em Espanha, julgou ser essa a sua grande oportunidade para aceder ao poder do Estado e consolidar a sua base eleitoral, sempre precária, com a estabilização de uma clientela. Tudo seria preferível à continuação do governo do PSD/CDS. E assim foi.
O governo da “geringonça” assenta numa fraude – a de que é possível enganar toda a gente para sempre… Ler mais