O general Ramalho Eanes exerceu o direito de voto, este domingo, e destacou os principais desafios que o próximo Presidente da República terá de enfrentar.
Ramalho Eanes votou, na manhã deste domingo, e lembrou que o foco hoje deve estar centrado “em votar e fazer pedagogia democrática eleitoral”. Amanhã, sim, será tempo de refletir e interpretar os resultado.
Os portugueses são hoje chamados a escolher entre os sete candidatos a Presidente da República, numas eleições em que a abstenção é o principal adversário.
Questionado relativamente a esta ‘ameaça’, o antigo Presidente da República defende que “há tempo para tudo. O tempo hoje é para votar e fazer com que aqueles que se sentem desiludidos com a democracia percebam que esta só pode melhorar se votarem”.
Depois de conhecidos os resultados, poderão ser tiradas as devidas conclusões de “fazer eleições num período grave de pandemia“.
“Amanhã vamos refletir para ver os resultados, o que significam e quais as medidas que vamos adotar”, indicou quando questionado se as eleições deveriam ter sido adiadas.
A possível revisão da Constituição da República Portuguesa (CRP), que tem marcado o debate político, será, aos olhos do general, um dos desafios que o próximo chefe de Estado terá de enfrentar e, simultaneamente, “de toda a classe política”, nomeadamente dos partidos que estão “empenhados em fazer democracia profunda” com o objetivo de realizar “as necessidades e anseios da sociedade civil”.
Ramalho Eanes, recorde-se, foi eleito Presidente da República a 27 de junho de 1976 e reeleito a 7 de dezembro de 1980, mantendo-se no cargo até 9 de março de 1986. (Ag.Lusa)