O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, afirmou que Portugal não vai explorar o lítio “a todo o custo”, mas que este é “absolutamente fundamental” para a descarbonização, razão pela qual o Governo vai avançar com uma avaliação estratégica.
O ministro do Ambiente disse que “há pessoas empenhadas em que não se explore o lítio em Portugal a todo o custo”, garantindo que Portugal não fará uma exploração desenfreada e sem regras.
“Nós não temos a perspetiva de explorar o lítio em Portugal a todo o custo, mas queremos fazê-lo”.
“A partir do momento em que o lítio ganhou uma dimensão tão estratégica, o Estado deixou de atribuir licenças e quisemos desenhar um concurso para um conjunto de locais onde há um grande potencial de exploração de lítio”, disse o governante. Esse estudo, precisou ainda, está a ser elaborado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
“Há vários locais, sentimos que devemos fazer uma avaliação estratégica. Temos pressa em explorar o lítio, mas a pressa não se conta em dias. Tudo será feita de acordo com as características dos territórios e sempre tendo em conta os valores ambientais”, frisou.
O Jornal de Notícias noticia que o Governo vai avançar com uma avaliação ambiental estratégica antes de abrir um concurso para exploração mineira e exploração de lítio em Portugal.
Ao mesmo diário, Matos Fernandes conta que as câmaras terão 50% dos “royalties”, ou seja, das contrapartidas financeiras que os privados pagarem ao Estado.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, em resposta à contestação sobre a exploração deste minério associado a baterias de veículos e equipamentos elétricos, e pedindo “confiança” no Governo, disse que “não deu uma única autorização para exploração”, explicando que as que existem beneficiam de licenças “antigas”. (Ag.Lusa)