“Deixem-me dizer de coração aberto como me sinto profundamente honrado”.
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reage à vitória eleitoral.
Após manifestar a sua “gratidão ilimitada” a todos os portugueses que foram às urnas e prestar o seu “testemunho reconhecido” aos restantes candidatos presidenciais, Marcelo Rebelo de Sousa disse estar “profundamente honrado” na confiança lhe foi atribuída com a sua reeleição como Presidente da República.
“Deixem-me dizer de coração aberto como me sinto profundamente honrado pela confiança em condições tâo mais difíceis do que as de 2016”, declarou, o Chefe de Estado, em conferência de imprensa, a partir da Faculdade de Direito de Lisboa.
Para os que não votaram em si, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que irá, “como sempre”, representar “todo o Portugal”.
A abstenção nas eleições presidenciais de domingo foi de 54,55 por cento no território nacional, a mais elevada de sempre em sufrágios para a escolha do chefe de Estado.
“Quem recebe o mandato tem de continuar a ser um Presidente de todos e de cada um dos portugueses. [Tem de ser] Um Presidente próximo, que estabilize, una e que não seja de uns, dos bons, contra os outros, os maus, que não seja um Presidente de facção. [Tem de ser] Um Presidente que respeita o o pluralismo e a diferença, que nunca desista da justiça social”, argumentou.
Mais, para Marcelo Rebelo de Sousa, esta reeleição, tendo em conta a abstenção – descontando o efeito da pandemia – traz duas mensagens que não ignora. A primeira prende-se com a noção de “que os portugueses, ao reforçarem o seu voto, querem mais e melhor”.
“Querem mais e melhor em proximidade, construção de pontes, justiça social e, de modo mais urgente, em gestão da pandemia. Entendi esse sinal e dele retirarei as devidas ilações”, garantiu.
A segunda mensagem do Presidente reeleito, “é tudo fazer para persuadir quem pode elaborar leis a ponderar a revisão, antes de novas eleições, daquilo que se concluiu que tem de ser revisto para ajustar situações como a vivida e, mais em geral, para ultrapassar objeções ao voto postal ou por correspondência”.
“Objecções essas que tanto penalizaram os votantes, em especial, os nossos compatriotas espalhados pelo mundo. Compreendi este outro sinal e insistirei para que seja, finalmente, acolhido”, acrescentou. (Ag.Lusa)
Resultados das eleições presidenciais 2021 :