Para Rio, a organização dos serviços públicos é “a marca mais negativa deste Governo”, em conjunto com os impostos. O presidente do PSD afirma que nunca o povo pagou tanto em impostos.
O presidente do PSD, Rui Rio, responsabilizou na segunda-feira a governação socialista por haver em Portugal “a maior carga fiscal de sempre”, numa altura em que o país tem “os piores serviços públicos”.
“Este Governo falhou notoriamente nos serviços públicos. Temos a carga fiscal máxima, que nunca foi tão pesada, pagamos impostos como nunca pagamos e devíamos ter melhores serviços“, referiu o líder social-democrata, acrescentando: “Damos mais dinheiro em impostos e temos piores serviços públicos”.
Para Rui Rio, “há uma falha completa na organização dos serviços públicos”, assinalando que essa é, “a par do aumento dos impostos, a marca mais negativa deste Governo”.
Falando aos jornalistas em Alpendurada, no concelho de Marco de Canaveses, distrito do Porto, onde hoje visitou as instalações da Cercimarco, o presidente do PSD insistiu na ideia de haver em Portugal “uma completa degradação dos serviços públicos”, dando como exemplo os atrasos na emissão do Cartão do Cidadão e o tempo que se demora para se deferir a reforma depois de efetuado o pedido.
“Na verdade, alguém que se reforme com 66 anos e meio mete os papéis e demora praticamente um ano em muitos casos, apenas porque os serviços administrativos não funcionam como deve ser”, criticou, lembrando que a maior parte das pessoas precisa do salário ou da reforma para viver”, referiu.
Bruxelas considera que Portugal se encontra numa situação de risco elevado quando o assunto é a sustentabilidade das finanças públicas no médio prazo.
O problema é da dívida pública. Ainda que esteja prevista uma redução, Bruxelas diz que será insuficiente.
Rui Rio desvalorisa os elogios de Financial Times a Antonio Costa e diz que o autor do artigo de opinião do Financial Times está longe e desconhece a realidade portuguesa.
O líder do PSD comentou a opinião do jornal norte-americano sobre o primeiro-ministro e sobre Portugal, para explicar que são diferentes, tanto as políticas do Governo como o estado actual da economia portuguesa.
(Lusa & Revista de Imprensa)