Apesar das chamadas urgentes de oito países da UE, incluindo Portugal, Espanha, Itália… a Chanceler Angela Merkel mais uma vez rejeita a idéia de mutualizar as dívidas (eurobonds).
Não vale a pena discutir com a chanceler. Angela Merkel sempre se recusou a reunir dívidas na Europa.
“Não haverá eurobonds «enquanto eu estiver viva”, já tinha assegurado, há dez anos, perante o Grupo Parlamentar Liberal (FDP). E os deputados responderam: Desejamos-lhe longa vida!
Também se pode ler no jornal SOL : A resposta da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, em relação aos eurobonds não podia ser mais clara.
Bruxelas rejeita o cenário de emissão comum da dívida para fazer face ao efeitos económicos e sociais da pandemia de covid-19.
Von der Leyen reforçou assim as declarações feitas anteriormente à agência noticiosa alemã DPA, onde afirmou que “a palavra Coronabonds é realmente apenas um slogan. O que está por detrás é uma grande questão sobre responsabilidades”.
Nesta entrevista, a presidente da Comissão Europeia já havia antecipado a discordância com a solução: “Existem limitações legais, esse não é o plano.
Não estamos a trabalhar nisso”. Von der Leyen recordou que Bruxelas recebeu do Conselho Europeu “a missão de elaborar o plano de reconstrução” e que esse “é o caminho”. “Dentro dos limites do tratado”, realçou.
O grupo de países que defende a mutualização dos custos da crise assinou uma carta dirigida ao Conselho Europeu onde apela à União Europeia que “trabalhe num instrumento de dívida comum emitido por uma instituição europeia para angariar fundos no mercado na mesma base e para o benefício de todos os Estados-membros” (…)
O governante holandês sublinhou, que existe “solidariedade” por parte da Holanda em relação aos países em maiores dificuldades, e que a “solidariedade não é dar dinheiro, solidariedade é dar dinheiro e depois, de ambos os lados, tentar tornar as economias mais fortes”.
“Também queremos que outros países o possam fazer independentemente”, disse, clarificando que, neste momento, não antevê “nenhumas circunstâncias em que a Holanda aceite eurobonds“.