video – A morte do realizador português Manoel de Oliveira provocou reações nos mais variados quadrantes da sociedade, com o Presidente da República a recordá-lo como símbolo maior e o Governo a decretar dois dias de luto nacional.
O realizador português Manoel de Oliveira morreu dia 2 de abril 2015 aos 106 anos. Manuel Cândido Pinto de Oliveira, nascido a 11 de Dezembro de 1908, no Porto, era o mais velho realizador do mundo em atividade.
“Douro, Faina Fluvial”, uma curta-metragem documental sobre a vida nas margens do rio Douro, foi o primeiro filme que Manoel de Oliveira rodou, então com 23 anos, com uma câmara oferecida pelo pai.
Hoje o filme é largamente elogiado, mas na altura foi mal recebido pelo público, tal como “Aniki-Bobó”, o seu primeiro filme de ficção, estreado em 1942.
O último filme do cineasta foi a curta-metragem “O velho do Restelo”, “uma reflexão sobre a Humanidade”, estreada em dezembro passado, por ocasião do 106º aniversário.
Nas últimas décadas teve sucessivos projetos cinematográficos, uns mais amados que outros, uns mais premiados que outros, mas sempre fiéis a uma estética cinematográfica individual.
Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu em 1908, ainda no tempo do cinema mudo.
O primeiro contacto com o cinema foi como ator, quando aos 19 anos fez figuração no filme “Fátima Milagrosa”, de Rino Lupo, e com algumas experiências com cinema de animação.
Em 1985, com 77 anos, recebeu o “Leão de Ouro” do Festival de Veneza, em Itália, e em 1989 foi condecorado pelo então Presidente da República, Mário Soares, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.
Em dezembro, Manoel de Oliveira foi distinguido com a Legião de Honra francesa, por uma carreira que o embaixador francês em Portugal, Jean-François Blarel, descreveu como “fora do comum”.
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Manoel de Oliveira – A Divina Comédia (1991 – filme completo 2:15:00)