Luís Amado, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de José Sócrates, afirmou esta terça-feira que Portugal é um dos poucos países europeus com “forças revolucionárias” no Parlamento.
O presidente não executivo do Banif e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de José Sócrates, Luís Amado, afirmou hoje que Portugal é um dos poucos países europeus que conta com “forças revolucionárias” no Parlamento.
“Não nos podemos esquecer que nós temos no Parlamento forças revolucionárias”, afirmou o socialista numa conferência promovida em Lisboa pela consultora A.T. Kearney, especificando que se referia à “extrema-esquerda parlamentar”.
Luís Amado procurava justificar as cautelas que o Partido Socialista, o maior partido da oposição, tem que ter em termos de posicionamento político, tendo realçado que Portugal é dos poucos países europeus que conta com esse tipo de partidos com representação parlamentar.
O político e gestor disse que, caso tivesse sido encontrada logo em 2009 uma “fórmula de grande coligação” seria mais fácil gerir, do ponto de vista governamental, a gestão das expectativas dos eleitores, por um lado, e dos credores, por outro, considerando que a mesma é “incompatível”.
Isto, porque, “a maioria [parlamentar] preocupa-se com os credores e a oposição com os eleitores”.
Segundo Luís Amado, esta é a “lei de frustração de expectativas” e “os independentes já ganharam com isso”, como se observou nos resultados das recentes eleições autárquicas.
“Há dois grandes polos e, caso encontrem um ponto de equilíbrio, isso seria do interesse do país”, reforçou.
O antigo ministro mostrou-se mesmo convicto de que “no próximo ano, ou no seguinte, isto poderá acontecer”, apontando para a formação de um bloco central vai querer um consenso alargado”. (Ag.Lusa)