• Dom. Set 24th, 2023

Presidente da República não deve tomar posse se abstenção for “uma vergonha”

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Vitorino Silva, candidato presidencial, tem a honra de defender que a eleição de 24 de janeiro deve ser invalidada se não houver pelo menos 50% de votantes, argumentando que “vai ser uma vergonha” se a abstenção for esmagadora.

“Vai ser uma vergonha se votarem só 10%, 12% ou 15%. Imagine que o [candidato] que for eleito Presidente da República é eleito por 10% dos votantes. Deviam ter vergonha de tomar posse (…). Acho que se não houvesse 50% dos votantes na eleição, não devia ser vinculativa. O Presidente da República não devia sequer tomar posse. Acredito nisto. É o que defendo neste momento”, disse Vitorino Silva.

O também líder e fundador do RIR (Reagir, Incluir e Reciclar) volta a candidatar-se a Belém depois de ter recolhido 152 mil votos (3,28%) nas presidenciais de há cinco anos.

Este ano Vitorino Silva receia “uma rachadela na democracia”, provocada pela pandemia, que agrave a abstenção em Portugal, que há cinco anos foi de 51,34%, de acordo com dados do Ministério da Administração Interna.

Por isso, o candidato é favorável ao adiamento das eleições, agendadas para 24 de janeiro, considerando que era possível “se os políticos quisessem”.

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“Se houvesse um terramoto em Lisboa ou no país, de certeza que as eleições eram adiadas. Isso é treta. Defendo as eleições adiadas porque temos de ser responsáveis e temos de ter pulso. Neste momento não vejo políticos com coragem”, sublinhou.

Questionado sobre a impossibilidade de fazer uma revisão constitucional para adiar o sufrágio durante a vigência do estado de emergência, decorrente da pandemia e até ao dia das eleições, em 24 de janeiro, Vitorino Silva considerou que poderia ter sido feita nos últimos meses de 2020, uma vez que eram expectáveis o aumento de infeções pelo SARS-CoV-2 no início do ano e a descida das temperaturas.

“Em outubro. pedi uma reunião ao Presidente da República no Palácio de Belém, com o RIR, e em que dissemos que em janeiro faz um frio de rachar. Aquilo que sempre disse deixei lá. De outubro até aqui, o Presidente tem o contacto de todos os líderes partidários, e se eles se quisessem juntar, tenho a certeza de que era um tema consensual e alteravam a Constituição”, prosseguiu.

O candidato acrescentou que os atores políticos envolvidos na revisão constitucional que permitiria este adiamento do sufrágio nacional em outubro “tinham tempo”, uma vez que “sabiam” que o número de contágios “estava a evoluir”.

Vitorino Silva mostrou-se convicto de que os debates que protagonizou com os outros seis candidatos — que, inicialmente, não estavam previstos — alavancaram uma “visibilidade” que a candidatura que não tinha em 2016.

Esta maior notoriedade da candidatura é consequência da vontade da população “que estava com os olhos bem abertos” e que sabe que “chegou a hora de o povo atingir o papel principal”.

Apesar de um outro candidato, André Ventura — presidente do Chega e deputado único do partido no parlamento –, se reclamar como fora do sistema, Vitorino Silva refuta esta ideia, considerando que os portugueses percebem que esse título é atribuído à sua candidatura.

“O povo sabe que é uma candidatura fora do sistema, genuína, verdadeira, de uma pessoa que não está hipotecada a ninguém. O pessoal está farto de ver candidaturas que não estão ali ao serviço de Portugal, mas ao serviço de interesse e dos partidos”, explicitou.

O candidato criticou os adversários que têm o apoio de partidos, uma vez que “o cargo de Presidente da República é uninominal” e são “pessoas que vão contra pessoas, não partidos contra partidos”.

Apesar estar associado ao RIR, Vitorino explicitou que “a primeira coisa” que fez depois de anunciar a recandidatura “foi dar liberdade de voto a todos os militantes” do partido.

“Sou candidato, não só para as pessoas que votaram em mim há cinco anos, mas também para aqueles milhões e milhões que não votaram [em mim] e se arrependeram. Há muita gente que na rua, é a minha sede, o meu gabinete, que me dizem que não votaram em mim, mas que desta vez vão votar”, afirma o candidato, que se considera “mais povo” do que os restantes.

Vitorino Silva não ‘se cola’ a partidos, mas acredita que o passado como socialista lhe vai valer vários votos de militantes do PS, mais até do que para a candidata socialista Ana Gomes, que acusa de ser pouco ambiciosa na corrida a Belém.

“O PS é um partido com nome na praça. Há uma candidata do PS que o sonho dela é ficar em segundo, à frente do André Ventura. O PS não pode apoiar uma pessoa que quer ficar em segundo. O PS vai apoiar, e em peso, um homem que vai lutar pelo primeiro lugar”, sustenta.

Sobre os últimos cinco anos da Presidência, o candidato conhecido pelas alegorias não deu ‘nota máxima’ a Marcelo Rebelo de Sousa: “Acho que não se esforçou para ter um 18 ou um 19, não quer dizer que numa parte do mandato não estivesse ali a ganhar o 18 ou o 19, mas fraquejou um bocadinho.”

A crítica principal a um Presidente que ficou aquém dos 20 valores foi a falta de “distanciamento de António Costa”.

Vitorino Silva garantiu ainda que o RIR “foi criado para ir a votos” e vai participar nas eleições autarquias de 2021, em alguns “sítios sozinho, noutro em consórcio”, apesar de não revelar onde e com que forças políticas estão a ser ponderadas as coligações. (Ag.Lusa)

Definições universais do Referendo

Definições universais do Referendo: O objetivo de um referendo é legitimar uma decisão política, consultando as pessoas envolvidas. Um processo de democracia semi-direta que permite aos cidadãos expressar sua própria escolha política.

A abstenção final das ultimas eleições legislativas foi de quase 52,00%, um valor recorde. O resultado foi conhecido após terminar a contagem dos votos dos emigrantes.

O PS venceu sem maioria absoluta as eleições parlamentares, com 36,34% dos 48% de eleitores que votaram, ou seja, 108 deputados eleitos, quando todos os mandatos foram concedidos, incluindo os quatro círculos eleitorais da Europa e fora da Europa.

Na realidade, a porcentagem de votos que o PS teve, foi metade do que aparece, o PS teve apenas 18% dos eleitores que votaram e o PSD 12% e o restante também a dividir por 2.

Uma democracia que está em perigo, seguindo estes resultados, “nenhum referendo” foi proposto ao Povo Português pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa. Ler mais

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